DICAS DE LIVROS
LUIZ GONZAGA PINHEIRO
A idéia de escrever um livro contendo mensagens com essência voltada para a justiça social surgiu pelo silêncio inexplicável dos espíritas, frente aos protestos que se levantam no mundo inteiro a favor da ecologia, da cidadania, dos direitos humanos, da defesa das causas trabalhistas, enfim, do direito de viver em paz.
A grande maioria dos escritores, expositores e divulgadores do Espiritismo não aborda tais temas, mesmo diante da urgência e da necessidade que o momento histórico exige, deixando assim largo espaço no campo das reivindicações, sempre bem aproveitado pelos usurpadores dos direitos naturais da população em geral.
O novo século exige mudanças profundas na ordem sócio-política e sobretudo moral do planeta. Não comporta a fobia aos temas libertadores nem alergia ao debate, ao protesto, aos movimentos de libertação e de luta pela implantação da justiça social.
Somente a ignorância frente ao verdadeiro sentido da palavra “política”, justificaria o culposo silêncio. As expressões “não gosto de política” e “religião nada tem a ver com política” são do extremo agrado dos maus políticos, de vez que afastam inúmeros vigilantes de suas ações. Mas é preciso que se diga que tanto a política não é culpada pela ação dos maus políticos quanto o Espiritismo não responde pelo mau uso que possam fazer dele. Se o espírita se afasta da política, deve saber que abdica de seus direitos e os entrega a quem pode abusar deles.
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